O Recomeço

Era ele! Há muito tempo que eu não o via. Desde a primeira e última vez em que estivemos juntos, não consegui esquecê-lo. Um calafrio percorreu meu corpo. Aquela voz tinha o poder de me fazer perder a sobriedade.

Lembro-me daquela noite como se fosse hoje…

Conhecemos-nos num site de relacionamentos. Ele era muito simpático, falou sobre sua vida, seu casamento, suas superações. Muito divertido, era sempre garantia de riso fácil. Nossas conversas nunca ultrapassaram o virtual, pelo menos até aquele momento.

Muito sedutor, sempre me levava a sonhar com o dia em que estaríamos juntos… Só que me envolver com um homem casado era contra todos os meus princípios e isto não estava nos meus planos.

Receber seu bom dia, ainda que off line, já tinha se tornado meu vício. Eu gostava de saber que todos os dias, ainda que eu não estivesse conectada, ele fazia questão de me desejar bom dia.

Não nos encontrávamos on line com a frequência que eu queria, mas cada vez que acontecia eu precisava me conter para não transparecer o desejo que se tornava cada dia maior dentro de mim.

O tempo passou e ficamos dias sem nos falar. Ele deixou de dar bom dia e aos poucos o desejo adormeceu. Seria melhor assim, tudo que eu não precisava neste momento da minha vida era um relacionamento com um homem casado. Ele era um desejo proibido para mim.

Um final de semana conversamos usando a web, parecia mais lindo que da última vez que o vi. Desta vez seria mais difícil resistir às investidas, final de semana sem nada para fazer, corpo ardendo em desejo. Ele insistia em me conhecer pessoalmente, disse que precisava conversar. Só conversar.

Mesmo sabendo onde tudo aquilo terminaria, aceitei o convite destacando que era só para conversar. Ele me disse que não faria nada que eu não quisesse e que poderia amarrar ele para garantir que não iria me tocar (a menos que eu pedisse, claro).

Marcamos para aquela noite. A verdade é que nosso desejo tinha urgência. Hora e local combinado, ele aparece lindo, perfeito, com um sorriso contagiante, daqueles que faz qualquer mulher suspirar.

Apresentamos-nos e seguimos para um motel. No meio do caminho olhei para o banco de trás e vi uma corda, parecia nova. Fiquei surpresa. Para quem queria só conversar, uma corda era algo surreal.

Minha curiosidade não tinha paciência e perguntei qual a finalidade da corda, me surpreendi com a resposta. A corda era para eu amarrar suas mãos para que ele não me tocasse.

Certamente a corda não seria usada nesta oportunidade, até porque eu não via a hora que aquela mão tocasse minha pele. Dentro do carro conseguia sentir seu cheiro, o calor do seu corpo.

Enquanto ele falava e sorria, eu observava seus lábios e já imaginava sua mão e seus lábios passeando pelo meu corpo. A vontade que eu tinha era de começar ali mesmo, mas gosto desta sedução, deste joguinho de provocação mútua.

A ansiedade foi multiplicando o tesão. A vontade louca de tocar aquelas pernas grossas e ir subindo até alcançar o que meu desejo urgia em sentir… Por alguns minutos imaginei eu chupando ele ali no carro enquanto ele dirigia. Contive meus impulsos.

No motel, entre um gole de vinho e outro continuamos os joguinhos de sedução. Ele me falou sobre sua vida enquanto me seduzia com olhares, gestos, expondo o desejo de atacar, mas cumpriu sua promessa de não me tocar até que eu pedisse.

Não sei em que momento eu pedi, mas quando percebi estávamos nos beijando, nos tocando… Libertando um desejo louco até agora reprimido.

Eu tocava aquele corpo com um desespero, uma vontade louca de explorar cada pedacinho, sem esquecer nenhuma parte.

Enquanto isso sentia seu toque macio em minha pele, seus lábios quentes me provocando arrepios. Seu desejo tomava meu corpo, seus dedos invadiam meus espaços.

A aquela altura tudo que eu mais queria era sentir ele dentro de mim, mas a vontade de sentir seu gosto foi mais forte e busquei seu pau. Era quente, macio, cheiroso.

Comecei a beija-lo de leve, brincando com minha língua em sua glande e depois em toda sua extensão. Brincava e provocava, olhava para cima e sentia seus olhos implorando para que o chupasse gostoso e foi o que eu fiz.

Chupei como se fosse um sorvete, como se fosse o último. Quase tive um orgasmo quando senti seu pau tocar a minha garganta. Isso é uma das coisas que mais me excita num homem.

Aquele cheiro de macho, de homem, a posição de submissão, de sentir ele me pegar pelos cabelos e foder a minha boca como se eu estivesse ali unicamente para satisfazer todos os seus desejos.

Enquanto relembro um calor toma meu corpo devagar. Eu sabia que se ele gozasse em minha boca teria que esperar ele se recompor para que pudéssemos continuar.

Mas o desejo de sentir o seu gosto foi mais forte e me permiti o sentir gozar gostoso em minha boca. Quando o senti vibrando, me senti a mulher mais safada deste mundo e isso só aumentou meu tesão. Toquei-me sentindo um calor tomar o meu corpo e gozei junto com ele…

Um vinho para repor as energias. A noite estava só começando. Aquela noite transamos como dois desesperados. Um matando todos os seus desejos no corpo do outro, os mais íntimos, inconfessáveis.

Aquele homem tinha o poder de me fazer esquecer todos os meus pudores, percebi que suas palavras exerciam um poder sobre minha libido. Mesmo sem me tocar ele despertava tudo.

Sabia que continuar com ele poderia me trazer problemas sérios. Aquela foi a primeira e única noite em que estivemos juntos. Apesar do contato on line, eu fugi daquele homem, evitei o quanto pude.

Era só para garantir que ele não se aproximasse o suficiente e eu conseguiria manter a sobriedade. Havia me apaixonado perdidamente e não queria sofrer. Na verdade, sofri muito mais com a ausência dele na minha vida.

Três anos se passaram. Hoje ele esta aqui na minha frente lindo, sedutor, perfeito, sorrindo. Está me dizendo que está solteiro, mas desta vez quem está casada sou eu…

Desta vez eu não iria escapar da tentação.

Autoria: Moema – 06/06/2013

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