Continuação da História Varal de Amor… (clique no link para ler o outro capítulo)

Tomam banho e descem para o almoço, um camarão delicioso que ela preparou com carinho e amor. Regado a cerveja, a bebida preferida dele.

Após o almoço sobem para o quarto para uma sesta, conversam, riem e dormem juntinhos… Queriam parar o relógio e eternizar aquele momento. Se despedem…

Dois dias depois se encontram e ele a leva à praia. Estão em um restaurante com uma bela vista para o mar. Conversam sobre vários assuntos, se divertem e partem em seguida.

O casal estava de férias, viviam na mesma cidade. Só que tinham encontros furtivos. Eles se encontraram mais uma vez naquela semana. Saíram para passar parte da tarde juntos.

Foram para um lugar onde pudessem colocar em prática todo o amor que tinham pelo outro longe de olhares curiosos. Trocaram olhares, tomaram um banho refrescante e se deitaram… Mais uma vez se entregaram um para o outro.

Num certo momento ela faz uma revelação que mudaria sobremaneira aquela linda história de amor.

Ele recebe a notícia da mesma forma como um pugilista recebe um golpe direto na sua face desprotegida. Percebeu tardiamente que sua guarda estava aberta, todo o seu sistema de defesa fora invadido deixando-o completamente vulnerável.

O rapaz tenta assimilar o golpe. Tentando ganhar tempo faz uma pergunta boba qualquer. Ela responde, entretanto, que nada mudará com a resposta. “Que pergunta mais idiota” pensa ele.

Disfarça, tenta resistir evitando ir para as cordas e por conseguinte receber um terrível nocaute.

Ainda cambaleante ele tenta se recuperar e a segura com ternura pelo rosto olhando-a nos olhos. A beija com candura, ela estremece, se abraçam forte e se beijam. Está claro que não querem encarar aquela nova realidade. Ela deita ao seu lado e vira o rosto na tentativa de esconder uma lágrima que teimava em cair.

Os dois ficam em silêncio por minutos, silêncio quebrado apenas pelas músicas que tocavam no rádio. Músicas que pareciam ser escolhidas para eles. Era como se o locutor adivinhasse o que ocorria naquele quarto de motel. Eram músicas românticas que tocariam até nos corações mais duros.

Ele a beija, segura-a com força puxando o seu corpo para perto do seu. Se amam mais uma vez. Ele se entrega para ela como nunca havia se entregado antes. Sem vergonha, sem pudor. Ela o toca com seus dedos mágicos enchendo-o de tesão. Suas mãos e língua proporcionam para ele um prazer nunca antes experimentado, algo sublime, ímpar.

Ele gritava, gemia, urrava de tanto tesão e prazer. Fizeram sexo com sofreguidão, pois não saberiam como seria dali para a frente, afinal, decisões foram tomadas! Como de costume, atingiram o orgasmo. Algo reparador, relaxante.

Se olham, se beijam, se desejam, tomam banho… Percorrem cada centímetro de seus corpos. Se vestem e vão embora. Tentam conversar sobre assuntos aleatórios no intuito de se desviarem da realidade. Triste e cruel realidade. Seus corações estão partidos, dilacerados. Tentam esquecer e seguem…

Ao final do dia se reencontram. Ela o espera para uma injustificada carona. Seu destino agora era tão próximo que a carona dele só iria “atrapalhar”, mas ela o espera mesmo assim. Queria desfrutar de mais alguns minutos na companhia daquele homem que ela considerava o mais charmoso da cidade.

Ele a deixa em casa e segue o seu destino. Porém, antes disso a chama de volta, ela obedece e ele diz quase em um gemido: “você é especial”. Na verdade ele queria gritar: EU TE AMO! Ela sorri sem graça e diz que ele é igualmente especial para ela. Sabem da importância de um para o outro, sabem como mutuamente se fazem mais felizes.

Ele comprara um objeto para usar para ela, contudo, não houve tempo. E agora? O que fazer com tal objeto? Ele não sabe o que fazer, mas decididamente não irá usar com qualquer outra.

Como já lhe dissera ela em outra ocasião: “Trata-se de um símbolo nosso”. Talvez o objeto seja destruído logo após chegar em suas mãos ou ele ainda poderá guardá-lo na esperança da volta de sua amada.

Os dois sabem que se amam, trocam mensagens, mas sequer têm a coragem de se encontrarem novamente, pelo menos por enquanto. Ele parafraseia Tati Bernardi e pensa: “Eu era o homem que esperava sofridamente você voltar, mas nunca deixou de te amar mesmo quando você ia”.

Eles são especiais um para o outro: o rapaz charmoso e a menina do short amarelo. Sonham um com o outro mesmo acordados. Passam noites insones. Continuam acreditando que são especiais.

Aguardam o telefone tocar, ficam ávidos por alguma mensagem de texto ou e-mail. Quando o telefone toca acontece um prazer momentâneo. Será que é ele? Será que é ela? Há dias não ouvem aquela voz que acalma que mutuamente traz felicidade…

A verdade é que eles se amam, se querem cada vem mais, entretanto, não podem mais ficar juntos. Aquele amor inesquecível tornara-se platônico. Lembra-se um do outro em cada música, cada praia…

Conto erótico enviado por T. B.

Obs: este conto tem três capítulos. Esta é a terceira e última parte.  Confira:

– Amor e Natureza (parte 1)

– Varal de Amor (parte 2)

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