
Abrem-se as cortinas e o prazer invade o teatro da imaginação.
E ela sai, caminha devagar e vai para o banheiro. Ele a observa andar, seus olhos dançam nela, saboreiam ela.
Ele ouve o barulho do chuveiro e imediatamente a visualiza nua… A água quente descendo pelo seu corpo mais quente. Já excitado só com a sombra da realidade, se levanta, segue o mesmo caminho.
Porta entreaberta, ele empurra e vai entrando. Sem convite, sem expulsão… A abraça pelas costas, ele nem tirou sua roupa branca, que devagar, fica sem cor nenhuma.
Ela se ensaboa, com os cabelos presos. Ele os solta e toma o sabão dela.
Ensaboa no pescoço, no peito, nos seios, na barriga, na cintura, com as mãos na virilha da mulher. Ela o aperta nas nádegas com uma mão, o outro braço levantado acaricia sua nuca.
Ele não diz nada em seu ouvido e ela o ouve. E responde que sim, olhando pra ele. Se virando de frente e sem curvar o corpo, desce a última peça de roupa que restava.
Ele a segura como num abraço e a levanta levemente. Ela cruza suas pernas em volta dele, geme baixinho.
Dele só se ouve o expirar, muito se ouve da água caindo nos corpos, a água ferve.
Eles fervem. O Mundo ferve. Já não se sabe mais onde estão. Só estão lá se deleitando um com o outro, no outro.
De pé… Nunca foi tão confortável ficar de pé. Ele com os braços apoiados na parede como se fosse uma filmagem, cobria o rosto dela.
Ela com as costas apoiadas na parede, arranhando ele nas costas e no peito. Não toca o chão, apenas ele e a parede.
Ele está no chão, mas voa. Ela voa junto. Muitos minutos únicos, feitos de vários minutos repetidos. Saem do banho colados, presos como cães. Ele a leva sem sair de dentro dela.
Deita-a na cama e brincam de adultos por mais alguns minutos, desacelerando devagar.
Já destruídos de prazer, os dois sorriem. Ela o abraça por trás agora e estão os dois cobertos por um lençol fino e levemente transparente. Ele diz sem se virar que a ama, mas ela já sabia.
E responde o que ele sabia que ela o ama também. Os dois dormem depois daquele banho de amor…
E fecham-se as cortinas.
Conto erótico enviado por Leonhard Lemor
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