Havia semanas que ele vinha mexendo com a minha cabeça e me tirando do sério. Sensação assim nunca havia me ocorrido antes. Ele mexe comigo de um jeito estranhamente delicioso. Tem 18 anos, um sorriso lindo, jeitinho de menino e um fogo que me arrebata.
Terminei um relacionamento de quase quatro anos a alguns meses. Quase não tenho saído e constantemente sinto-me só. Há algumas semanas começamos a nos falar rotineiramente, primeiro sobre religião e assuntos da vida, também falamos de política… Eis que ele começa a me instigar, falando de sexo.
Fala tão abertamente e tão “safadamente” que me perturba! No começo achei que fosse apenas “zueira”, coisa de garoto, com os hormônios aflorados, mas vinha notando a seriedade do assunto e de suas vontades. Em conversa no Facebook me falou de suas preferências na cama:
“Gosto da mulher por cima, pois da para segurar na cintura e conduzir os movimentos, além da troca de olhares prazerosos”.
Uau… Aquilo me incendiou, embora eu tentasse não demonstrar. Ficamos por horas conversando sobre fantasias e desejos impuros, tudo combinava. O jeito como ele falava, tudo como sempre desejei, sempre quis.
À medida que entrávamos mais nesse mundo de indecência e fetiches eu ia ficando cada vez mais atiçada e a vontade de tê-lo para mim era cada vez maior. Ele realmente me excitava! Era um conjunto convidativo dos olhos azuis profundos que pareciam me chamar para uma imensidão de prazer sem fim.
O jeito como falava, me fazia rir e desejar ter a sua companhia mais e mais. Causava-me arrepios quando ficava quieto e me olhava a fundo. Sua voz, o jeito como gesticulava era tão intenso, misterioso e eu queria arduamente desvendar aquele mistério.
Quando estava por perto me sentia gélida e pegando fogo ao mesmo tempo. Eu tinha necessidade daquele corpo, daquela voz sussurrando ao meu ouvido. Precisava sentir a profundidade e o prazer daquele sentimento que despontava em mim.
Era uma terça feira, a chuva caia fraquinha envolvendo a cidade em uma atmosfera calma e tranquila. Eu precisava ir à farmácia. Sai de casa com o guarda-chuva, passo a passo lentamente até chegar àquela que era próxima a minha casa.
Chegando lá; cabelo úmido dos respingos da chuva, blusa levemente transparente. Procuro pelo remédio, quando me sinto desconfortável ao perceber que alguém me observa.
Viro o rosto lentamente e pelos Deuses… É ele! Não poderia ser outro, aquele olhar, aquele jeito, o sorriso malicioso, a risada convidativa. O que ele fazia ali? E agora?
Veio em minha direção e eu enlouquecia com o caminhar dele, aquele corpo tenro, brilhante, vindo para mim, me fazia ter os mais libidinosos pensamentos.
Pouco nos falamos. Depois de tantas semanas de tentação ficava claro que nossa vontade era mutua e aquele era momento esperado.
Era a hora certa de nos deixarmos levar por aquele sentimento, por aquela vontade arrebatadora de pôr pra fora os mais ardentes e promíscuos pensamentos, que logo seriam realidade.
Entrei no carro dele e fui surpreendida com um beijo caloroso. Seu beijo ia me envolvendo e me levando pro seu mundo e eu não quis resistir… Paramos em um lugar ermo, a chuva apertará e a noite misteriosa e fria inspirava os mais devassos sonhos para aquele momento.
Fomos para o banco de trás. Os beijos cada vez mais árduos e convidativos nos levaram ao êxtase do desejo. Ele colocou a mão dentro da minha calcinha e não pudemos mais nos controlar. Entre beijos e amassos tiramos as roupas molhadas, já não sei mais se era da chuva ou do calor de nossos corpos.
Era como um sonho, um filme, um mundo paralelo. Ele me beijava, começando com rápidos beijos na boca, depois longos e enlouquecedores. Foi descendo pelo meu corpo, me arranhava e eu delirava.
Ele dava pequenas mordidas, que ganhavam intensidade. Começou a me chupar e eu me desfiz em gemidos e sussurros de “quero mais”. Quando estava no ápice do prazer ele me penetrou. Senti ondas de prazer invadir meu corpo.
Ele entendia o que eu queria, sabia como me pegar, me conduzir, me levando pro seu mundo, fazendo eu me perder entre gritos e gemidos.
Resolvi tomar as rédeas. Subi em cima dele, sua respiração ficava cada vez mais ofegante. Não tirava os olhos de mim, sabia que seria bom, assim como eu sabia que faria direito.
Sentei em cima do seu pau, desci devagar, sentindo cada centímetro, a espessura, o formato, até chegar ao fim. Comecei a ir mais rápido, com mais força. Ele segurava meus seios, falava coisas obscenas, pedia que eu não parasse. Comecei a rebolar, como se estivesse em uma dança sedutora, numa boate alucinante, dançando de prazer.
Fiquei assim até não me aguentar, gozei montada nele. Com vontade, com desejo! Deitei ao seu lado. Faltava-me o ar e eu não acreditava que tinha sido tão bom.
Disse-me que não era hora de descanso e me virou de costas. Nem pude me recuperar e lá estava meu garoto… Fazendo-me mulher outra vez.
Não parava, não cansava. Quando mais me enfiava forte, me fazia soluçar, mais gostava e eu dava mordiscada e arranhões de tremor.
Depois de um longo tempo dentro daquele corpo, senti o intenso e delicioso fim que chegamos juntos. Aquele orgasmo nos levou para outra dimensão, onde só havia nós dois e aquela ardente paixão…
Soube que aquele momento era único. Não queria pensar no que aconteceria depois. Ficamos deitados ali, por um tempo, olhando os vidros embaçados do carro. Eu olhei para ele, sorrimos.
Ele me deixou em casa e não sei quando, ou se vou vê-lo novamente. Ele disse que havia sido a melhor experiência de sua vida. E para mim também foi.
Historia de: Miriam Lage
Escrita por: Alice B.
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