Tinha acabado de fazer dois meses que tinha ficado viúva.
Sou do tipo miúda, com cabelos dourados e olhos verdes. Podia-se dizer que era delicada como uma princesa. Só que naquele momento estava devastada.
Não necessariamente triste porque meu marido se foi, mas “triste” por punição. Afinal, para minha família ele tinha sido um homem bom para mim.
Eu era muito ingênua, pueril. Tinha parado de trabalhar exatamente para cuidar do esposo, como mandavam os costumes religiosos da família.
Casei virgem com um homem dez anos mais velho que me tratava com brutalidade todas as noites. Depois que estava satisfeito, virava-se para outro lado da cama como se não me conhecesse.
Eu chorava! Não sentia prazer nenhum naquele tipo de reação.
Os meses se passaram, até que voltei a sorrir aos poucos. Com cuidado para que ninguém desconfiasse que eu estava aliviada. No entanto, me sentia muito sozinha.
Comecei a fazer terapia e me importar comigo mesma. Que mal havia de se olhar no espelho nua e se achar linda? Que mal havia em se sentir excitada?
Eu nem sabia o que era masturbação! Tinha trinta anos e nunca tinha me tocado ou se olhado direito. Agora, pela primeira vez na vida, eu reparava na minha pele macia, meus cabelos finos, meus olhos, agora fundos, mas ainda brilhantes.
Por dentro eu escondia muita insatisfação e sofrimento. Tinha sido prisioneira da minha própria família. Mas agora como eu estava viúva, olhavam pra mim de um jeito diferente.
Era como se fosse a mulher que não precisa mais casar, nem ter filhos. Era como uma mulher que poderia ser deixada ali num cantinho, ou melhor, uma mulher quase-morta.
Certo dia, fui dar uma volta. Olhei-me no espelho, disse “eu me amo”, conforme a psicóloga tinha me dito e coloquei o vestido mais bonito que tinha.
O dia estava quente, mas havia uma brisa. Parecia que tinha renascido. Senti uma força devoradora dentro de mim. Endireitei minha postura e caminhei olhando para os lados, como se estivesse descobrindo o mundo outra vez.
De repente notei uma casa amarela quase coberta de hera. Eu me aproximei, li a placa com letras curvas: “Aulas de Desenho”.
Meu coração acelerou! Tinha estudado a vida de Van Gogh durante a juventude e aquela casa lembrava a casa dele. Minhas mãos tocaram o portão que incrivelmente estava aberto.
Parecia que algo ali me chamava de uma maneira estranha. Um homem alto, de cabelos acinzentados, repartidos no meio e sorriso largo deu uns passos à minha frente.
Mesmo gaguejando um pouco, falei que estava passando e queria saber mais sobre o curso.
Ele fez um gesto bastante antiquado, estendeu a mão e me ajudou a subir o degrau. Quando ergui os olhos e pude observá-lo melhor, estremeci. Parecia que eu o conhecia de algum lugar…
Ele me convidou pra sentar e tomar um chá. Só poderia estar sonhando… Ele era uns quinze anos mais velho que eu.
– E então quer fazer aulas de desenho? – ele perguntou enquanto tomava um gole de chá.
Não consegui sustentar o olhar nele. Era impossível. Nunca em toda minha vida havia sentido aquilo. Concordei com ele e me levou para conhecer o ateliê.
Sou muito recatada. Ao andar pelo espaço, pude ver as obras de arte dele. Natureza morta e mulheres nuas. Muitas mulheres nuas. Eu me detive em uma que estava deitada de costas e pintada de azul claro.
Neste conto vou utilizar para facilitar o entendimento, palavras carinhosas como o codinome e sigla de “M” para ele e eu pela sigla “A”. Não quero me expor e nem a pessoa que envolvo nesta história. O que interessa é o contexto.
Seguimos!!
– Você gostou dessa?
Fiz que sim com a cabeça ainda sem tirar os olhos do quadro.
– Quem é? – perguntei sentindo uma ponta de ciúmes.
– Ah! Ela é… – ele não respondeu.
“M” tinha certeza que aquela pessoa do quadro era ela!
– Eu tive um sonho com essa mulher – ele disse olhando fixamente os olhos verdes, tristes e profundos de “M”. – Mas não pude ver o rosto dela. Ela estava deitada chorando. Tentei sonhar com ela de novo, mas não consegui.
– Por que você pintou de azul claro?
“A” suspirou e abaixou os olhos mostrando seus longos cílios. Na realidade ele estava prestando atenção na graciosa sapatilha e nos pezinhos de “M”.
– Essa mulher tinha a pele mais macia que eu já toquei na minha vida. A pele dela era tão branca que ofuscava meus olhos. Eu me aproximei dela no sonho e toquei em suas costas. E os cabelos dela… – ele arregalou os olhos- Eram tão loiros como os seus.
Ela estava banhada pelo sol… Não quis pintá-la de outra cor, porque acho que ninguém é merecedor de ver o que vi. Foi um presente que recebi.
Os olhos de ambos se encontraram. “A” e “M” se arrepiaram juntos.
“A” tentou disfarçar.
– “M” quando gostaria de começar as aulas?
Então trataram que ela iniciariam na semana seguinte. Ao se despedirem, “A” subitamente abraçou “M”. Ela engoliu em seco. Fazia muito tempo que ninguém a abraçava forte daquela maneira, nem cheirara seus cabelos. Assustada, “M” se afastou e “A” sorriu.
– Nós artistas somos efusivos. Mas, se não quiser não me despedirei mais de você assim. Quantos anos tem “M”? Vinte?
“M” parecia ter mesmo vinte anos.
Ela apenas respondeu que mais do que ela imaginara.
“M” voltou o mais rápido que pode ao seu refúgio. Ao seu apartamento tão pequeno e delicado quanto ela.
“M” estava com o coração acelerado e toda suada e febril. Ela arrancou o vestido e ficou nua em frente ao espelho. Como ela teria certeza que era aquela mulher? “M” estava desesperada. Buscou um outro espelho menor para se ver de costas no outro. E daí ela constatou que era ela aquela mulher pintada de azul. A sua respiração ofegante fez com que suas costas subissem e descessem.
“M” sentou-se no chão e passou a observar cada parte do seu corpo. O corpo que ela nunca tocou e deixou que um outro tocasse mais do que ela mesma. “M” começou a passar as mãos no rosto, sentiu seus lábios finos e depois a pele macia do pescoço. Olhou para suas pernas que também eram lindas e poderosas! Torneadas, apesar de “M” ser pequenina. Daí ela fez algo que jamais havia feito ou imaginado. Tocou seu seios e o mamilo.
Seu mamilo estava levemente endurecido e sentir isso fez que um calor gostoso percorresse seu corpo todo. Logo mais, num frenesi, numa onda envolvente, ela acariciou sua vagina e notou que estava quente e molhada. “M” sabia o que teria que fazer, estava mais do que na hora de descobrir que ela tinha o poder de se satisfazer.
“M” deitou-se e se acariciou mais, pensando nela mesma, o quanto era bonita, poderosa. “M” se tocou mais forte e profundamente. Ela gritou. Suas pernas tremeram. Seu clitóris ficou inchado.
“M” gozou tanto que algo molhado escorreu por suas pernas como nunca em sua vida. Ela ficou um tempo deitada no chão, tremendo de prazer por ela mesma. Como tinha sido bom! Como ela podia ser uma fonte de prazer para si mesma.
Parecia que tinha feito sexo umas dez vezes seguidas tamanha a sua plenitude. Ela se levantou dali depois de um tempo. “M” se amava mais que tudo, amava-se como a mulher que era.
Será que ela se deixaria penetrar depois disso, por um homem? Ele saberia tocar o corpo dela daquela forma? Faze-la cantar de prazer? Faze-la desmaiar? Todas as vezes que se lembrava do quadro, ou de seu próprio dorso, “M” se excitava consigo mesma.
Enfim, três dias depois, “M” iniciaria a aula de desenho. Ela estava com uma ideia fixa. Precisava contar para o professor que era ela a mulher pintada de azul.
Quando “M” chegou à aula, ela estava pensando em estar a sós com o professor, mas infelizmente tinham mais três alunos. Novamente o professor “A” a abraçou daquele jeito que o seu coração disparou tanto que sentiu vergonha de que ele pudesse ter percebido.
Logo no final da aula, “A” foi ao fundo do Ateliê e de lá “M” escutou uma voz cristalina ecoar. Seria a voz de uma aluna? Uma moça ruiva de cabelos cacheados e sorriso largo, entrou na sala.
– Deixe-me lhe apresentar “M”.
“M” se adiantou e perguntou:
– É a sua aluna?
– Ela é minha aluna e minha namorada – “A” respondeu rapidamente deixando “M” estupefata. “C” teria no máximo dezoito anos!
“M” precisa se recompor do seu choque, precisava pensar e sair dali. Ela se levantou e foi ao banheiro que ficava no ateliê do professor. Ela se deteve diante do quadro da moça de dorso pintado de azul. “M” tinha certeza que era ela e queria provar ao professor, mas como?
“M” ouviu os alunos se despedirem e entrou no banheiro. Sua respiração estava acelerada. Olhou-se no espelho e lavou o rosto. Seus olhos, sua pele, sua boca fina eram tão lindos. Não se importava que o professor não havia reparado, nem seu finado marido, nem ninguém até ali.
“M” tirou a camiseta e tentou olhar suas costas. Sentiu uma onda de calor no corpo. Estava excitada de novo. Alguém bateu na porta:
– “M” está tudo bem? Já estou indo! Foi um prazer conhece-la! – disse “C” com a voz mais doce do mundo.
“M” tornou a colocar a camiseta rapidamente e prendeu seus cabelos. Ela estava tão suada e envergonhada daquela situação! E ainda teria que encarar “A”. Mas ele era um adulto assim como ela.
Depois de um tempo em que fez-se um silêncio, “M” saiu do banheiro. “A” estava na sala do ateliê.
– Espere! Tenho uns estudos que gostaria de mostrar para você.
“M” apenas assentiu com a cabeça e dando as costas para o professor voltou a contemplar o quadro.
– Veja! – ele disse segurando algumas gravuras para depois apontar para ela. – “M”, acho que colocou sua camiseta do avesso…
“M” estava tão à vontade que trocou a camiseta na frente do professor “A”. Ele lançou as gravuras no chão e boquiaberto se aproximou de “M”, que assustada deu uns passos para trás.
– “M”! – ele falou com a voz trêmula e apontando para ela. – Você eu vi, por segundos mas vi sua nuca e seu dorso…
– Eu sei. Lindo não? Sou ela. A moça de seus sonhos – ela respondeu encarando-o.
Ele quase se ajoelhou aos pés dela, mas “M” não permitiu, ajudando-o a voltar ficar em pé.
– O seu toque… é tão macio… – “A” não parava de gaguejar.
“M” o beijou gentilmente. “A” com rapidez já a puxou para seus braços.
– Não “A”!
Ele se afastou assustado com a voz aguda e alta dela.
– Perdão! – ele falou se afastando.
– “A” olhe para mim. Para meus olhos.
“A” fez conforme ela havia pedido.
– Até dias atrás eu não me amava, não me percebia. Nunca tinha me tocado. Nem descoberto as maravilhas que meu corpo pode proporcionar… – “M” reparou num volume nas calças de “A”.
Ele estava excitadíssimo. – Quero que você saiba que eu vou permitir essa situação porque eu quero e mereço. Vou te dar um presente – “M” começou a se despir vagarosamente. Primeiro tirou a camiseta e disse:
– Pode vir…
“A” se aproximou dela trêmulo e tocou a pele macia dos seus sonhos, beijou aquele pescoço alvo e “M” conduziu as mãos dele até os seios.
– “A”? – ela estava arfando – Quero que me pinte inteira e não mais azul.
Então ela tirou a saia que usava e a calcinha. Sentou-se na cadeira e se abriu para ele.
“A” não podia suportar aquela visão. Ele estava louco de desejo. “M” notou isso e ficou com um pouco de dó de “A”, endireitou-se na cadeira e falou:
– Você pode me desenhar e pintar depois. Venha. Quero que receba meu presente.
“A” sem saber como ainda estava se mantendo de pé, pegou sua musa no colo e a depositou delicadamente no chão. Ele tinha um travesseiro no ateliê e ajeitou a cabeça dela com os cabelos dourados. Ela estava nua e brilhava como uma deusa. “A” permaneceu de pé contemplando-a sem saber o que fazer.
“M” sorriu com seus lábios rosados e convidativos.
– “A”, tire sua roupa e me penetre como nenhum homem já fez. Quero sentir você em mim.
Então “A” como se houvesse recebido as ordens de uma rainha, imediatamente e quase sem ousar encará-la, tirou as roupas e se deitou do lado dela, sem coragem, sem saber o que fazer com aquela criatura linda, pura e frágil. “M” sabia que ele não ia conseguir sozinho e pegou uma das mãos de “A” e a colocou nela mostrando como queria ser tocada e penetrada.
Ela quase teve um orgasmo com a mão de “A” que era tão máscula e robusta. “A” novamente pegou “M” no colo e a levou para cima da mesa. “M” ficou sentada e disse que queria que fosse daquela forma. E assim, “A” penetrou por aquela porta para o paraíso.
Eles se olharam nos olhos e tiveram a certeza de que aquela conexão era de almas e de vidas passadas. “M” deixou que “A” explorasse cada canto do corpo dela, cada local sensível e ele fez o mesmo com ela que o percorria com seus lábios finos e quentes. Ela emanava fogo.
“A” também. Mudaram de posição. Ela ficou em cima e fez uma dança em cima dele. “A” chegou a pensar que fosse morrer tamanha a sensação que sentia no momento. “M” apesar de pequena e delicada tinha um fulgor e era incansável. “A” gozou depois dos movimentos que ela fez com o quadril. Eles ficaram lado a lado recobrando o fôlego por cima da mesa cheia de desenhos e tintas.
“M” não estava cansada. Seus cabelos estavam misteriosamente manchados de tinta azul. Isso fez com que ela olhasse para o quadro e “A” também. Os corpos deles pulsavam de prazer, e eles sabiam que aquilo ainda não havia terminado.
– “A” quero mais – ela disse com uma voz suplicante.
Aquelas palavras naquele tom tão suave e sexy como uma música, deixaram-no com um raio percorrendo o corpo dele. “ M” fez um carinho no pênis de “A” com movimentos sucessivos e logo ele estava pronto de novo. Ousando um pouco, ela quis sentir o gosto de “A”.
Ela o lambeu e colocou em seus lábios apertando um pouco. Aquilo foi tão bom que “M” parava quase ao mesmo tempo que ele para gemer.
– “A” você pode me colocar contra a parede? – ela perguntou quando parecia que ele não fosse resistir mais. Será que ele poderia desmaiar de prazer? “M” teve essa tentação, mas não faria isso com a metade de sua alma.
– Eu quero sentir seu gosto, posso? Essa pode ser minha vez? – “A” só de imaginar em como era aquela… um desejo louco tomava conta dele.
– “A” pense numa coisa, eu sou livre. Dona de mim. Depois de hoje talvez isso se repita só quando eu quiser, pode ser?
– Pode – ele suspirou sem entender e fechou os olhos. “M” reparou nos cílios longos e os beijou. “A” tornou a beija-la compulsivamente e em vários lugares.
– Você pode sentir meu gosto “A”. Depois, quero provar mais do seu – ela deu mais um de seus risinhos de fada.
“A” começou beijando-a dos seios até o lugar que ele mais queria.
– Do jeito que eu gosto “A”, de cima para baixo. Descobri ontem – ela falou com um gemidinho.
“A” finalmente provou o néctar dos deuses. Seus lábios se encostaram nela como se fosse a primeira vez. Mas não era igual ao das outras. Ela era “M”!
– Você tem gosto de mel… – “A” disse isso e tornou a lambe-la, a beija-la a suga-la se pudesse. “M” se contorcia de gozo tombando a cabeça.
Eles fizeram sexo oral um no outro e ambos tinham a impressão que estavam no paraíso. “M” era incansável e isso provocava mais “A”. Já eram seis horas da tarde e desde o meio-dia eles estavam apenas fazendo sexo, sem se alimentar.
De vez quando “A” observava o corpo vermelho e emanando calor de sua musa dos sonhos e pensava que estaria morto. Aquilo não era real. Quem era aquela mulher? Tinha sabor de mel, tinha um odor de hortelã… igual ao chá que ele preparava.
Finalmente, ainda não tão saciada, mas com pena de “A” que parecia desfalecer, “M” disse que gostaria de tomar banho, para depois fazerem a sessão de desenho.
– “M” quero desenhá-la, assim como está. Em sua plenitude. Posso?
“M” voltou a beijá-lo e a esquentá-lo, só de encostar naquela mulher ele ficava maluco.
– Pode – ela respondeu somente ajeitando os cabelos dourados com mãos e sentou-se na cadeira.
– Você pode mostrar “ela”?
– Assim? – ela sentou-se na cadeira abrindo o máximo as pernas lindas e poderosas.
“A” deu uns passos para trás pensando que iria ter uma ereção de novo. Ele viu o quanto ela ainda estava molhada. “M” percebeu e sorriu com dó.
– “A” você está duro de novo?
– Como não vou ficar assim?
“A” caiu de joelhos e começou a beijá-la de novo e assim ele sentiu novamente o gosto daquele órgão incomum, lindo, delicado e fonte dos maiores prazeres.
“M” se levantou da cadeira depois de mais aqueles momentos de puro êxtase, apontou o chão para “A” que a obedeceu. Ela iria novamente dar seu presente para ele.
– “A” talvez eu não o veja mais. Só vai acontecer de novo se eu querer – ela tornou a repetir essa frase que deixou o coração dele desapontado, mas não importava. Depois desse dia, ele poderia até morrer.
Ele fez que “sim” com a cabeça e recebeu sua musa em cima dele. “M” prendeu-o entre suas pernas e fez vários movimentos sucessivos até que os dois gozassem novamente. “M” permaneceu deitada em cima dele, com ele dentro dela, ela dentro dele.
Ela ficou observando o rosto de “A” até ele adormecer. Depois ela se levantou, tomou banho, se vestiu e o cobriu. Ela ficou observando-o com admiração. Levantou o cobertor e observou o pênis dele. Como o queria de novo! Mas era hora de ir embora.
Ele tinha sido realmente digno do corpo dela. Do maravilhoso corpo dela.
“M” voltou para a casa. Ela se amava. Uma linda mulher. Em todos os sentidos. Ela não precisava de “A”, só de vez em quando, pensou sorrindo nua em frente ao espelho. “A” conseguiu completar o quadro com sua musa de todos os ângulos.
E de vez em quando esses corpos de encaixe perfeito, voltavam a se unir e isso tudo era muito bom e prazeroso para ambos os lados como tinha que ser.
Conto enviado pelo seguidor do Blog Meus Fetiches Anônimo.
Você curtiu este lance? Tem mais… Espia só este outro conto que separei para você com o mesmo tema: Ela Me Traiu.