Ele observa pela janela a chuva fina caindo lá fora… Alguns respingos molham a vidraça. Tempo melancólico esse! Não se sabe se é o clima lá fora ou se são seus medos gritando dentro de si. Sua vida não tinha sido muito interessante nos últimos tempos.

Tantos anos de convivência e a rotina finalmente tinha feito moradia no seu casamento. Afastara-se aos poucos de sua mulher, suas preferências nunca tinham sido as mesmas.

Ela gostava de um mundo romântico, vida pacata, vida baunilha. Ele não! Tinha gostos refinados para o sexo, preferências um tanto exóticas, quase uma perversão! Ela não admitia esse seu lado obscuro…

E com o tempo, aliado a outras questões, seus corpos foram se afastando; tanto nas interações diárias quanto no toque físico.

Diálogo quase raro, apenas quebrado por discursos moralistas vindos da parte dela, que ainda acreditava que isso iria trazer seu marido mais perto de si.

Cinquenta anos de vida, corpo atlético, saúde perfeita e com muito amor para dar. Queria muito sua mulher! Queria abraçá-la do seu jeito, derrubá-la na cama e fazer sexo feito animal selvagem.

Queria expor todos os seus desejos mais primitivos entre quatro paredes… Mas todo o pudor, vergonha e receios que acompanham mentes fechadas impediam que estes desejos fossem realizados.

Agora estava ali naquele apartamento secreto, sozinho, ansioso. Conferiu o relógio: quase meio-dia. Avisou à sua secretária que não retornaria esta tarde. Tiraria o resto do dia para si.

Sugou o charuto importado, imaginando as loucuras que gostaria de fazer. Excitou-se com seus pensamentos. Soprou a fumaça em anéis, com calma, com prazer…

Jogou-se no sofá, tirou seus sapatos e afrouxou a gravata. Fechou os olhos por uns instantes e pensou novamente nela. Por que agia assim? Cadê aquela cumplicidade que havia prometido no começo do casamento?

Cadê as promessas de compreensão e companheirismo que teriam daquele dia em diante? Por que ela julgava tão duramente seu jeito de ser? Era errado sentir tesão todos os dias pela sua esposa?

Ele apenas queria colocar em prática seu instinto masculino e mostrar pra ela o quanto poderia fazê-la feliz. Ela não queria de jeito nenhum! Seus princípios eram mais importantes.

Pegou uma toalha e foi ao banheiro. Tomou um longo banho… A água quente devolveu sua serenidade. Perfumou-se, fez a barba, colocou seu roupão branco.

Estava como se fosse artista de cinema! Olhou-se no espelho… As meninas olhavam para ele com cara de desejo. Ainda estava no páreo. Sorriu maliciosamente!

Preparou uma bebida. No quarto ricamente decorado, sentou-se na cama. Balançava o gelo no fundo do copo revelando todo seu nervosismo. Daqui a pouco sua vida dividiria ao meio.

Ainda precisava provar para si mesmo do que era capaz! Pena que era um homem retraído para certas abordagens. Pra certas coisas ainda tinha receio de se aproximar e ser recebido com um sonoro “não”.

Ainda bem que inventaram certas modernidades; a internet estava aí para provar.

Tinha um grande espelho na parede do quarto. Olhou-se mais uma vez ali e se imaginou nas mais diversas posições, de preferência com a luz bem acesa!

Nada mais de sexo no escuro! Estava cansado disso! Aos poucos, ela deixou seu desejo morrer. Mas agora não era hora de pensar nisso.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque da campainha. Atravessou o apartamento apressado e abriu a porta.

Linda morena de olhos castanhos, de busto avantajado aguardava o convite para entrar. Vestida de preto, conforme solicitara à agência, iria testar agora a qualidade daquele atendimento a domicílio.

A garota de programa entrou em seu apartamento, a princípio meio distante. Mas bastou sentar ela no sofá e colocá-la no seu colo para mostrar qual era sua finalidade ali.

Ela sentiu seu membro já duro. Seu desejo tinha pressa. Deixou a carência e timidez de lado para aproveitar aqueles momentos de puro prazer.

Não eram necessários grandes preliminares, até porque seu sexo estava denunciando todo o tamanho de sua vontade! Agarrou a moça por trás e enfiou seus dedos por baixo do vestido.

Conversas sacanas começaram a surgir, bem do jeito que sempre quis fazer… Sentiu-se um jovem rapaz outra vez!

Transaram em todas as posições possíveis! Não houve um ponto que ele não passasse a língua naquele corpo. Ela também cumpriu seu papel.

Fez com vontade, com a paixão de fazer “um trabalho bem feito”, assim como todas as mulheres devem fazer na cama. Sem fingir.

Estava gostando daquele homem vigoroso e com atitude! Realmente ele era bastante “animado” para um homem de sua idade. Acabaram gozando juntos.

Duas horas depois, já acomodados na cama, ela perguntou a ele de onde veio toda aquela volúpia. Nunca tinha visto tanta disposição reunida num só homem…

Ele apenas queria fazer sexo sem medo de ser criticado pelas suas preferências. Apenas sexo!

Conto enviado ao Blog Contos Fetiche por uma seguidora anônima.

Vamos curtir outra história proibida? Não deixe de ler este outro conto: Beijo Grego

Contos Fetiche
Contos Fetiche
Contos Fetiche é um site de Contos Eróticos que reúne histórias reais de pessoas com mente aberta e que curtem compartilhar suas experiências de maneira despretensiosa. Todos os textos aqui publicados são contos enviados por nossos seguidores ou então adaptados por um de nossos editores.